No
processo de envelhecimento do organismo ocorre uma perda progressiva da
audição, denominada presbiacusia. Vários fatores genéticos, além da
própria constituição do indivíduo, são responsáveis por essa perda. A poluição
sonora, cada vez maior em nosso mundo, principalmente nos grandes centros, não
é, muitas vezes, percebida em toda a sua dimensão. Já nos habituamos ao excesso
de ruídos e esse é, seguramente, o maior responsável pela diminuição precoce da
audição.
Na
parte interna da região chamada orelha média ocorrem modificações constantes
nos ossículos do ouvido, surgindo esclerose e osteoporose do corpo da bigorna,
um desses ossículos, muitas vezes não perceptíveis nos exames clínicos. Os
primeiros sinais aparecem quando a pessoa começa a não perceber os sons mais
agudos e não compreender certas palavras.
Essa
pessoa pode ouvir os sons, mas não entende bem o que é falado. Chega a reclamar
que não ouviu e o interlocutor levanta a voz, mas a incompreensão continua e o
ouvinte é até capaz de dizer que não é surdo! Apenas pede para que a frase seja
repetida pausadamente.
Quanto
ao uso do aparelho auditivo, é recomendável ouvir a opinião do otorrino e do
geriatra. Atualmente já há aparelhos de pequeno porte, que disfarçam muito bem
o seu uso, sem causar constrangimento.
A
presbiacusia é um estágio normal do envelhecimento orgânico. Algumas das causas
apontadas podem acelerar ou agravar esse processo, mas nem mesmo os melhores
aparelhos auditivos conseguem reverter essa situação, causada pelo
envelhecimento. O que se deve fazer é avaliar com atenção quais as pioras que
já ocorreram, além da presbiacusia, para utilizar de forma adequada o aparelho
auricular.
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