segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Policiais surdos trabalham onde ver conta mais que ouvir

Mais de 200 câmeras observam a cidade de Oaxaca no México. Tais sistemas de segurança foram instalados nos últimos anos a fim de combater a criminalidade nas ruas.  Embora a cidade não seja conhecida por uma alta taxa de criminalidade, os turistas podem ser alvos fáceis para trombadinhas, e os bairros mais de classe operária têm sua cota de tráfico de drogas, ladrões de carros, brigas e crimes violentos.  

O Estado reformulou o centro de comando em 2012, mas achou que ele precisava de uma ajuda extra para monitorar as câmeras, uma tarefa demorada e monótona. Havia outro problema: já que as imagens não tinham som, os oficiais tinham problemas em determinar o que as pessoas estavam falando.  


Ignacio Villalobos, o subsecretário de segurança pública expôs: "Nós não sabíamos fazer leitura labial, então nos ocorreu usar pessoas surdas, já que muitos deles sabem”.  Ele disse que a atenção visual intensificada permitiu que os oficiais surdos vissem os problemas acontecendo na tela mais rapidamente do que outros policiais que podem ouvir e falar, mas que estão frequentemente distraídos pelos toques dos telefones, scanners policiais e conversas no centro de operações.  Villalobos disse que os oficiais surdos — "nossos anjos silenciosos", como ele os chama — já ajudaram a resolver ou deram assistência em vários casos.

Atualmente 20 oficiais surdos monitoram as 230 câmeras. Eles receberam treinamento dos procedimentos policiais, mas não são policiais de patrulha juramentados e não carregam armas.   Seu trabalho está limitado ao centro de comando, mas os supervisores não quiseram seus sobrenomes publicados, devido ao envolvimento deles nos relatos de crimes.  

Fonte: http://noticias.r7.com/internacional em 28 de janeiro de 2013.

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