Mais de 200 câmeras observam a cidade de Oaxaca no
México. Tais sistemas de segurança foram instalados nos últimos anos a fim de
combater a criminalidade nas ruas. Embora
a cidade não seja conhecida por uma alta taxa de criminalidade, os turistas
podem ser alvos fáceis para trombadinhas, e os bairros mais de classe operária
têm sua cota de tráfico de drogas, ladrões de carros, brigas e crimes
violentos.
O Estado reformulou o centro de comando em 2012, mas
achou que ele precisava de uma ajuda extra para monitorar as câmeras, uma
tarefa demorada e monótona. Havia outro problema: já que as imagens não tinham
som, os oficiais tinham problemas em determinar o que as pessoas estavam
falando.
Ignacio Villalobos, o subsecretário de segurança
pública expôs: "Nós não sabíamos fazer leitura labial, então nos ocorreu
usar pessoas surdas, já que muitos deles sabem”. Ele disse que a atenção
visual intensificada permitiu que os oficiais surdos vissem os problemas
acontecendo na tela mais rapidamente do que outros policiais que podem ouvir e
falar, mas que estão frequentemente distraídos pelos toques dos telefones,
scanners policiais e conversas no centro de operações. Villalobos disse
que os oficiais surdos — "nossos anjos silenciosos", como ele os
chama — já ajudaram a resolver ou deram assistência em vários casos.
Atualmente 20 oficiais surdos monitoram as 230
câmeras. Eles receberam treinamento dos procedimentos policiais, mas não são
policiais de patrulha juramentados e não carregam armas. Seu trabalho
está limitado ao centro de comando, mas os supervisores não quiseram seus
sobrenomes publicados, devido ao envolvimento deles nos relatos de crimes.
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