A surdez causa
um atraso no desenvolvimento da fala do indivíduo. Entretanto, isso não
significa que não conseguirá se comunicar pela escrita ou pela oralidade.
A área que
trabalha a reabilitação e a inserção do surdo na comunidade ouvinte é a
Fonoaudiologia. Consideramos a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) como sendo
a língua materna da comunidade surda, assim como o Português é considerada a
língua materna dos ouvintes nascidos no Brasil.
Dentre as abordagens que podemos
trabalhar a inserção do surdo na sociedade, temos: Bilinguismo, Oralismo e
Comunicação Total. Bilinguismo trabalha a oralidade (fala) e a LIBRAS
paralelamente; o Oralismo trabalha exclusivamente a oralidade; e a Comunicação
Total trabalha tudo que envolve a comunicação: fala, LIBRAS, escrita, gestos,
mímicas, além do uso da prótese auditiva, implante coclear.
A idéia que
temos que todo surdo não pode falar é uma idéia errônea. Sozinho, ele realmente
não conseguirá pistas para atingir um resultado satisfatório na sua comunicação
oral. Entretanto, com uma terapia adequada, exercícios direcionados, ele
certamente conseguirá se comunicar através da fala.
O que ocorre é
que, não podendo ouvir, ele se torna incapaz de saber quais são os sons dos
fonemas, a entonação correta para determinadas situações, dentre outras
inúmeras características que a oralidade tem e que nós muitas vezes não nos
damos conta.
Enfim, as
diferenças entre um surdo e um ouvinte são poucas, mas interessantes, se
pensarmos: um surdo não conversa no escuro, mas um ouvinte não conversa debaixo
d’água. A surdez deve ser reconhecida como mais uma das infinitas
possibilidades da diversidade humana, pois ser surdo, não é melhor ou pior do
que ser ouvinte, é apenas diferente.
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