terça-feira, 7 de maio de 2013

Surdez e fala – uma possibilidade


A surdez causa um atraso no desenvolvimento da fala do indivíduo. Entretanto, isso não significa que não conseguirá se comunicar pela escrita ou pela oralidade.

A área que trabalha a reabilitação e a inserção do surdo na comunidade ouvinte é a Fonoaudiologia. Consideramos a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) como sendo a língua materna da comunidade surda, assim como o Português é considerada a língua materna dos ouvintes nascidos no Brasil.

         Dentre as abordagens que podemos trabalhar a inserção do surdo na sociedade, temos: Bilinguismo, Oralismo e Comunicação Total. Bilinguismo trabalha a oralidade (fala) e a LIBRAS paralelamente; o Oralismo trabalha exclusivamente a oralidade; e a Comunicação Total trabalha tudo que envolve a comunicação: fala, LIBRAS, escrita, gestos, mímicas, além do uso da prótese auditiva, implante coclear.

A idéia que temos que todo surdo não pode falar é uma idéia errônea. Sozinho, ele realmente não conseguirá pistas para atingir um resultado satisfatório na sua comunicação oral. Entretanto, com uma terapia adequada, exercícios direcionados, ele certamente conseguirá se comunicar através da fala.

O que ocorre é que, não podendo ouvir, ele se torna incapaz de saber quais são os sons dos fonemas, a entonação correta para determinadas situações, dentre outras inúmeras características que a oralidade tem e que nós muitas vezes não nos damos conta.

Enfim, as diferenças entre um surdo e um ouvinte são poucas, mas interessantes, se pensarmos: um surdo não conversa no escuro, mas um ouvinte não conversa debaixo d’água. A surdez deve ser reconhecida como mais uma das infinitas possibilidades da diversidade humana, pois ser surdo, não é melhor ou pior do que ser ouvinte, é apenas diferente.


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