A surdez ou a perda auditiva em criança é um diagnóstico de difícil aceitação
pelos pais, que relutam em encarar a nova e desconhecida realidade que os
cercam. São muitas as reações possíveis que vão desde a negação e indiferença a
superproteção.
Ao tomar conhecimento da deficiência
do filho, a família se desorganiza emocionalmente. A decepção, o sentimento de
culpa e o desespero dificultam a aceitação da deficiência como um fato. Mesmo
os pais que reagem bem ao diagnóstico podem passar por momentos de desânimo,
tristeza e dificuldades.
Inseridos
no meio social, essas famílias na maioria das vezes, enfrentam o preconceito, a
discriminação e a ignorância de muitos sobre a realidade da surdez.
Normalmente,
cabe as mães a responsabilidade do desenvolvimento cognitivo psicossocial do
filho deficiente. Levar ao médico, fazer exames, correr atrás de terapia com a
fonoaudióloga e com a psicóloga e acompanhá-lo na escola são algumas das atividades
que essas mães fazem muitas vezes acompanhadas de seu outro filho ouvinte.
Com freqüência, no lugar da
compreensão, são exigidas dessas mães que sejam verdadeiras fortalezas humanas.
Espera-se que compreendam problemas médicos ligados à deficiência auditiva,
enfrentem sentimentos confusos em relação a si mesmos e ao filho e que em pouco
tempo assumam as novas responsabilidades que a deficiência auditiva exigirá
delas na vida diária.
Muitas delas passam a viver em função
do filho e privam-se de viver as suas vidas, devido aos sentimentos
ambivalentes e à culpa em relação à deficiência do mesmo.
Essas mães precisam aprender a
replanejar suas vidas. Precisam de motivação que as faça ver o futuro com a
ótica da esperança e resgatar o amor-próprio perdido.
Apoiar os pais psicologicamente e orientá-los
é imprescindível, considerando-se que o êxito no processo de desenvolvimento
das capacidades da criança deficiente auditiva depende da sua participação real
e ativa.
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